A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás (MPE) iniciou, nesta sexta, investigações sobre uma "eventual infringência de dever funcional" do Procurador de Justiça, Demóstenes Lázaro Xavier Torres, durante sua permanência, a partir de 2001, no Senado Federal.
No entanto, o foco dos trabalhos se concentra mais nas denúncias de ter empregado o cargo de senador, do qual foi cassado há dois dias, por quebra de decoro parlamentar no suposto envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto Ramos de Almeida, o Carlinhos Cachoeira.
Como informou a Nota Oficial: "por ter Demóstenes Torres reassumido a 27ª Procuradoria de Justiça, foi iniciado o processo".
Denominado de "averiguação da reclamação disciplinar (2012.0036.6906)", o procedimento tem caráter sigiloso, e visa apurar responsabilidades.
Para estabelecer se ocorreu algum deslize do procurador, a Corregedoria disse ainda que serão requeridos junto ao Senado Federal e à Procuradoria Geral da República o envio de documentos específicos, cujos conteúdos não foram revelados na Nota Oficial.
Nesta sexta, Demóstenes Torres não apareceu na sua antiga sala, no terceiro andar. É que, após ter se apresentado ao MPE, na quinta, também requereu licença de cinco dias.
A assessoria de imprensa não informou se o prazo da licença será contado em dias úteis ou corridos.