A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás (MPE) instaurou processo disciplinar contra o ex-senador Demóstenes Torres. De acordo com nota publicada na sexta-feira no site do órgão, será investigada uma “eventual infringência de dever funcional” do procurador, que teve o mandato de senador cassado pelo Congresso na quarta-feira.
Após ser cassado pelo plenário do Senado, Demóstenes reassumiu nesta sexta-feira suas funções de procurador de Justiça no MP - o ex-senador estava licenciado desde 1999, quando deixou o Ministério Público para ocupar o cargo de secretário de Segurança Pública e Justiça de Goiás.
Licença
Mas Demóstenes Torres ainda não apareceu para trabalhar na sua antiga sala, no terceiro andar. Ele pediu licença de cinco dias, para fazer a mudança de Brasília. Demóstenes também vai usar esse período para estudar um possível recurso no Supremo Tribunal Federal e tentar reaver seu mandato no Senado.
No Ministério Público - com 300 funcionários, entre promotores e procuradores -, há três linhas de avaliação sobre o futuro do senador cassado: destituição do cargo; manutenção de seus direitos; ou uma advertência, sem perda da função de procurador de Justiça.
O Estado solicitou à assessoria de imprensa do MP informações oficiais sobre outros benefícios a que Demóstenes terá direito, mas não obteve resposta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.