Chalita fez as declarações após pedalar de Higienópolis até o comitê de sua campanha no Vale do Anhangabaú, na região central. Debaixo de sol, o candidato vestia calça jeans, casaco e capacete azul. No trajeto, cabos eleitorais contratados hasteavam bandeiras nas esquinas do centro ao som do seu jingle entoado em volume altíssimo por um carro de som que acompanhava o grupo. Em vários momentos a comitiva de ciclistas de Chalita ocupou a rua inteira, irritando alguns motoristas. "Usa uma faixa só. É um absurdo. Se você reclama, eles ainda acham ruim", gritou um taxista apressado.
No comitê, o candidato do PMDB assinou uma carta de compromisso com as associações Ciclocidade e a CicloBr para a melhoria das condições do ciclistas e da mobilidade em São Paulo. Comprometeu-se em aumentar, por exemplo, em 0,25% por ano o orçamento municipal de transportes destinado à mobilidade por bicicleta e de "acalmar o trânsito", com a adoção de limite de velocidade de 50km/h em avenidas. Indagado se iria mesmo cumprir caso eleito, esta última medida impopular em alguns setores, não embarcou 100% na ideia: "Podemos ter avenidas com ciclorotas com uma velocidade menor e outras sem. É uma discussão que precisa ser feita com a sociedade."
Ele garantiu ainda que colocará em prática outra reivindicação dos ciclistas, a de um plano cicloviário para toda a cidade. Afirmou que isso já é estudado distrito por distrito pela sua equipe de elaboração do plano de governo e que a sua meta é criar 400 kms de ciclovias em 4 anos. "É possível, eu acho que a gente tem que pelo menos passar Amsterdã."
Amanhã é a vez de Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura, pedalar pela cidade e assinar a carta de reivindicações dos ciclistas. No fim de semana que vem Soninha Francine (PPS) cumpre agenda com as associações.