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Estado de Minas

PT e PSB caminham de mãos dadas em cidades do interior de Minas Gerais

Enquanto em BH petistas e socialistas viraram inimigos políticos, em cidades importantes de Minas eles estão juntos


postado em 15/07/2012 07:06 / atualizado em 15/07/2012 15:07

O rompimento entre PT e PSB em Belo Horizonte e em outras capitais da Região Nordeste não abalou a relação dos partidos em diversas cidades do interior mineiro. Socialistas e petistas seguem caminhando juntos e mantêm um discurso de união, que se choca quando confrontado com os atritos da capital mineira. Em Uberlândia, segundo maior colégio do estado, com 444.656 eleitores, o deputado federal Gilmar Machado (PT) conseguiu o apoio dos socialistas. Mas para fechar a parceria foi preciso muita negociação, pois a deputada estadual Liza Prado (PSB) tentou ser candidata até o último momento.

“Capital é uma coisa e interior é outra. A gente não deve entrar no problema do outro”, resume Machado. O deputado federal explica que os dois partidos têm uma relação histórica na cidade e trabalham em conjunto há muito tempo. Além do PSB, a chapa que apoia Machado tem PDT, PMDB, PV, PCdoB, PPS e mais seis legendas. O principal concorrente de Machado é o deputado estadual Luiz Humberto Carneiro (PSDB), que recebe apoio do atual prefeito Odelmo Leão (PP).

Em Araxá, no Alto Paranaíba, o discurso de que as realidades da capital e do interior são diferentes também prevalece. O presidente do diretório municipal do PT, Rogério Farah, explica que socialistas e petistas são “dois partidos irmãos, com os mesmos princípios socialistas de defesa do trabalhador”. A disputa na cidade é acirrada. A aliança do PT-PSB tem como candidato Toninho Barbosão (PT) com o ex-prefeito Valdir Benevides Ávila (PSB) como vice. O atual prefeito, Jeová Moreira da Costa (PDT), é candidato à reeleição e o deputado federal Aracely de Paula (PR) também concorre.

Para chegar à parceria entre PSB e PT foi preciso muita conversa. Na última eleição o PSB apoiou o atual prefeito. “Buscamos uma aproximação ideológica, pois somos da base de sustentação do governo federal”, afirma Farah. Na cidade, a base do governo estadual está dividida entre Jeová e Aracely.

Sem reflexo

Em Sete Lagoas, na Região Central do estado, a junção entre PT e PSB visa também combater o apoio do governo estadual à outra chapa. O candidato é Emílio Vasconcelos (PSB), tendo como vice Jamilton (PT). “Devido à conjuntura local, pois do outro lado houve uma junção de forças do governo estadual, decidimos ir juntos, pois se nos fragmentássemos a chance seria de uma vitória esmagadora para eles”, afirma o presidente do diretório municipal do PT, Sílvio de Sá.

O outro lado a que se refere Sá é de Márcio Reinaldo (PP), apoiado pelo vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP). Apesar da proximidade com Belo Horizonte, Sá afirma que a ruptura entre socialistas e petistas na capital não tem reflexo na cidade. “Aqui queremos nacionalizar a disputa, polarizando em dois campos, do governo estadual contra o federal”, afirma Sá, que sonha conseguir a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Sete Lagoas.

Em Abaeté, na Região Central do Estado, a parceria também se repetiu. O candidato a prefeito Higino Dentista (PT), que é o presidente do diretório municipal do partido, explica que as negociações envolveram os principais nomes das legendas no estado, como o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, e o presidente estadual do PSB, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. “O que aconteceu em Belo Horizonte não influencia aqui. Senti muito que lá (BH) não deu certo”, afirma Higino.


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