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Estado de Minas

Depois de novela, sete brigam pela prefeitura em Mariana

Disputa promete ser acirrada no município, que assistiu a cinco posses nos últimos quatro anos em meio a denúncias de corrupção


postado em 15/07/2012 07:09 / atualizado em 15/07/2012 15:08

A primeira capital de Minas Gerais – Mariana, na Região Central do estado – tem em sua tradição a efervescência política e não deve se desviar dela na segunda década do século 21. A cidade – berço do poeta da Inconfidência Mineira Cláudio Manoel da Costa – teve cinco prefeitos empossados nos últimos quatro anos e caminha para uma eleição municipal agitada. Em 2008, o ex-prefeito João Ramos Filho (PTB), que seria candidato novamente, foi assassinado com quatro tiros no peito. O acontecimento marcou o início de uma novela em torno do comando da prefeitura. O processo que investiga o assassinato aguarda júri popular. Agora, sete candidatos estão na corrida pelo governo da cidade e tudo indica que a disputa será acirrada.

“A eleição vai ser animada. O clima vai esquentar”, avalia o prefeito Roberto Rodrigues (PTB), que tenta a reeleição. Outro nome forte na disputa é o ex-prefeito Celso Cota (PSDB). Além deles, são candidatos Chico da Farmácia (PMN), Dr. Rodrigo Miranda (DEM), Neuza Zuzu (PSOL), Sônia Azzy (PV) e Valério Vieira (PSTU).

Além do PTB, mais cinco partidos integram a chapa de Roberto Rodrigues: PT, PCdoB, PTN, PDT e PPL. Ele conta com o apoio da ex-prefeita e correligionária Terezinha Ramos, viúva de João Ramos, o político assassinado. Terezinha foi cassada em fevereiro por improbidade administrativa.

Já o tucano Celso Cota atraiu mais 14 partidos em sua campanha: PMDB, PPS, PSB, PSD, PP, PHS, PSC, PRB, PRTB, PRP, PSL, PTdoB, PTC e PSDC. Ele governou a cidade por dois mandatos, de 2001 a 2008, e tem o apoio de outro ex-prefeito: Roque Camello (PSDB), eleito em 2008 e cassado dois anos depois pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por compra de votos.

Cota se diz confiante e acredita que a campanha vá caminhar para a comparação de gestões anteriores dos grupos ligados ao PSDB e ao PTB, mas Roberto Rodrigues aposta que a eleição será pautada por propostas. Uma discussão que pode dividir votos na cidade, avalia ele, é sobre o vetor que deve orientar o crescimento do município: se para o lado do Quadrilátero Ferrífero ou a direção oposta.

A candidatura de Celso Cota como deputado estadual em 2010 chegou a ser protocolada, mas ele renunciou ao registro após pedido de impugnação pelo Ministério Público Eleitoral. “Quiseram vender uma imagem da nossa situação jurídica que nunca foi verdadeira. Nós estamos com tudo regularizado”, comenta.

Já Roberto Rodrigues diz que sua coligação entrou com pedido de impugnação da candidatura de Celso e responde: “Ele foi condenado a inelegibilidade por abuso de poder econômico em primeira e segunda instâncias, mas recorreu”.

A candidata Sônia Azzy acredita que os cidadãos de Mariana querem novidade. “Mariana está começando a melhorar, mas precisa de alguém que olhe realmente para o povo.” Ela defende que um centro de tratamento intensivo de saúde seja construído na cidade.

Vaivém de prefeitos

A novela da Prefeitura de Mariana começou em janeiro de 2009, com a posse de Roque Camello (PSDB). Em abril de 2010 ele foi cassado por compra de votos, dando lugar à segunda colocada nas eleições, Terezinha Ramos (PTB). Ela resistiu pouco tempo no cargo: em maio do mesmo ano foi afastada por suspeita de irregularidades na prestação de contas de campanha. Raimundo Horta (PMDB), então presidente da Câmara Municipal, foi empossado e ficou na cadeira até janeiro de 2011, quando foi trocado pelo vereador Geraldo Sales (PDT). Em agosto, Terezinha reassumiu a prefeitura por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), mas foi cassada, em fevereiro deste ano, por improbidade administrativa, dando lugar a Roberto Rodrigues (PTB).


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