O discurso de defesa foi referendado pelo líder tucano no Senado Alvaro Dias (PR), que se disse favorável à investigação de Perillo, mas não à reconvocação para a CPI, na qual seriam feitas "repetições desnecessárias".
A decisão do partido de sair em defesa de Perillo - mesmo dizendo que se tratava de uma "defesa da democracia, e não do governador, que já é grandinho para se defender sozinho" - foi costurada na segunda-feira, data em que Perillo enviou seus representes de Goiás para Brasília. Na reunião com líderes tucanos, apresentaram mais explicações e alinhavaram o discurso-bálsamo que, sobretudo, destacou a "operação de guerra" do PT, deferida por conta do desespero dos petistas em estarem perdendo para a oposição em sete das principais capitais do País segundo contagem tucana.
Intimidação
O deputado petista Odair Cunha (MG), relator da CPI do Cachoeira rebateu a acusação e disse que o PSDB está querendo intimidar a CPI. "Nós temos uma clareza, precisamos investigar a organização do senhor Carlos Cachoeira e nenhum tipo de constrangimento ou de intimidação vai parar o nosso trabalho", disse.
Mais uma vez, o relator não disse se vai sugerir, ao final dos trabalhos da CPI, o indiciamento de Perillo por envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele não quis opinar sobre a afirmação feita pelo colega Paulo Teixeira (SP), vice-presidente da CPI, de que já há elementos suficientes para indiciar Perillo.
"A PF fez um trabalho totalmente isento, diferentemente de policiais civis e militares do estado de Goiás, inclusive da cúpula dos órgãos, que atuaram na defesa dos interesses de Cachoeira", afirmou.