O secretário de Estado de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira (PSD), que também é secretário-geral do PSD em Belo Horizonte e em Minas, entrou com pedido para que o TRE determine a inelegibilidade do ex-ministro do Desenvolvimento e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT). De acordo com Silveira, o petista, que é candidato à prefeitura da capital pela coligação “Frente BH Popular”, teria que ter se desincompatibilizado da presidência do Conselho Superior de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cerca de quatro meses antes de registrar a candidatura ao pleito deste ano. Caso a Justiça Eleitoral acate o pedido, a candidatura de Patrus pode ter que deixar a disputa.
Ainda de acordo com o secretário do PSD, o aditamento solicita que Patrus apresente notas fiscais para comprovar que a Ananias Assessoria e Consultoria – empresa de sociedade do ex-ministro com a esposa -, não prestou serviços ao poder público. “Caberá ao TRE solicitar a documentação e a ele comprovar, ou não, que não prestou serviços nos últimos seis meses ao pode público”, afirmou. Alexandre Silveira, que também é secretário do governo Anastasia, disse que a atitude “é um dever de cidadão trazer os fatos à Justiça, para que sejam apurados”.
A assessoria de imprensa da Fiesp, informou que Patrus presidiu o conselho entre 27 de outubro de 2011 e 02 de junho de 2012, quando solicitou o desligamento da presidência da entidade. Ainda segundo informações da nota, o cargo não é remunerado.
Disputa de bastidores
Na sexta-feira da semana passada, o secretário-geral do PSD em BH e em Minas, entrou no TRE-MG, com pedido de impugnação da presença do partido na coligação “Frente BH Popular”, do Patrus Ananias (PT). Além de figurar na lista de apoiadores dos petistas, a sigla também aparece como integrante da coligação “BH Segue em Frente”, que apoia a reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB). Nessa segunda-feira, o juiz do foro eleitoral de Belo Horizonte, Rogério Alves Coutinho, deferiu o pedido feito pela executiva municipal. Na decisão, o juiz argumentou que “não há notícia no ato de intervenção de qualquer falha, na Convenção Municipal realizada em Belo Horizonte, que pudesse justificar a atitude tomada pelo presidente do partido”.
O que causou a presença dupla do partido de Kassab, foi a atitude tomada, no dia do registro das candidaturas no TRE-MG, da comissão interventora formada pelos deputados federais Walter Tosta, Diego Andrade e Ademir Camilo e o presidente estadual do PSD, Paulo Simão, que apresentaram um documento determinando a coligação com o PT. A intervenção foi acordada entre o presidente nacional da legenda e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Com informações de Juliana Cipriani