No PPS, o clima é de "eu já sabia". "Não me surpreendo porque estão até agora tentando usar do lícito e do ilícito para encobrir o mensalão. Com empenho amplo, total e irrestrito do PT", afirmou o deputado Roberto Freire (SP), presidente do partido, que completou: "A novidade é a participação também do Chinaglia. É um personagem novo em uma história velha".
Crente na palavra do petebista, o deputado Sergio Guerra (PE), presidente do PSDB, fez um apelo para que a denúncia contra Chinaglia seja levada em consideração. "Tudo o que Jefferson falou até hoje foi comprovado."
O deputado federal ACM Neto (DEM-BA) destaca a tentativa de uso escuso da Polícia Federal no episódio. "O grave do fato é quando Chinaglia oferece colocar um 'delegado ferrabrás' que poderia manipular o processo do Roberto. Vê-se aí mais um movimento do dedo forte do governo que usa o aparelho do Estado brasileiro para a defesa de interesses políticos do PT".
Já o deputado Chico Alencar (RJ), líder do PSOL na Câmara, pediu cautela. Afirmou que, Jefferson, o delator do mensalão, "mistura mentiras com verdades" e, por isso, Chinaglia deveria desafiá-lo a comprovar suas declarações. Mas admitiu: "Se essa proposta indecorosa de fato aconteceu, é um fato gravíssimo, que revela relações inadequadas, mostrando mais um indício de que o mensalão não é uma história de ficção como os petistas tentam colocar".