Para o coordenador de Marketing Eleitoral da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Victor Trujilo, a principal mudança que a internet traz para as campanhas eleitorais deste ano é a possibilidade de o eleitor participar ativamente do processo de escolha do candidato. "Agora o eleitor tem voz. Ele pode denunciar, protestar, discordar, coisas que antes não fazia". E isso, destaca o professor, trouxe mudanças para o próprio marketing político. "Se antes um candidato cometesse uma gafe, nada acontecia. Hoje pode se transformar em um viral."
Apesar das ferramentas digitais estarem em alta nessas eleições e fazerem parte do dia a dia das campanhas dos candidatos que pleiteiam conquistar a prefeitura ou uma vaga no legislativo municipal, Victor Trujilo destaca que a internet no Brasil ainda não está universalizada, portanto, isoladamente não deverá alterar significativamente o eventual sobe e desce dos candidatos nas pesquisas. Contudo, ele argumenta que não se pode desconsiderar o grande poder das redes sociais na disseminação de mensagens ou dos chamados virais.
Coligações
Mesmo com o advento das redes sociais, as coordenações de campanha não abrem mão de investir em questões que já fazem parte do cenário político brasileiro, como o nome das coligações. Seja para ganhar tempo no horário eleitoral gratuito votos de eleitores ou apoio nas Casas Legislativas elas são definidas numa eleição com o objetivo de aumentar o poderio eleitoral dos partidos.
"O nome da coligação é também uma espécie de recado que o eleitor vai ver inúmeras vezes durante a campanha", afirma o consultor de marketing político Antônio Melo. Segundo ele, essa denominação tem ainda o objetivo de evidenciar ao eleitorado a proposta administrativa e o posicionamento do candidato.
Os nomes das coligações dos candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto na Capital, são: José Serra (PSDB): "Avança, São Paulo", Celso Russomano (PRB): "Uma nova história para São Paulo", Fernando Haddad (PT): "Para mudar e renovar São Paulo", Gabriel Chalita (PMDB): "São Paulo em primeiro lugar", Soninha Francine (PPS): "Um sinal verde para São Paulo", Paulo Pereira da Silva (PDT): "São Paulo mais perto de você", Carlos Giannazi (PSOL): "Frente de esquerda" e Levy Fidelix (PRTB): "São Paulo tem solução".