A Justiça Eleitoral manteve nesta sexta-feira a decisão de retirar o PSD da coligação “Frente BH Popular”, que apoia a candidatura do ex-ministro Patrus Ananias (PT). Na decisão, o juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) Maurício Soares, negou o pedido de liminar impetrado pela chapa de Patrus, que pedia a manutenção do PSD entre os partidos que apoiam o petista. Na segunda-feira, o juiz do Foro Eleitoral de Belo Horizonte, Rogério Alves Coutinho, restabeleceu o que havia sido decidido na convenção do partido, realizada no final do mês passado, que estabelecia o apoio da legenda a coligação “BH Segue em Frente”, que sustenta à reeleição de Marcio Lacerda (PSB).
Sobre a manutenção da decisão da executiva municipal, o secretário de Estado de Gestão Metropolitana e secretário-geral do PSD em BH e em Minas, Alexandre Silveira, comemorou a sentença. “A confirmação, em segunda instância, da decisão do TRE reforça mais uma vez a democracia partidária. Com isso reforçamos a importância da ampla participação nas decisões, da transparência e da liberdade das bases partidárias, que são de fato os representantes da vontade legítima dos belorizontinos”, disse.
O que causou a presença dupla do partido de Kassab, foi a atitude tomada, no dia do registro das candidaturas no TRE-MG, da comissão interventora formada pelos deputados federais Walter Tosta, Diego Andrade e Ademir Camilo e o presidente estadual do PSD, Paulo Simão, que apresentaram um documento determinando a coligação com o PT. Informações de bastidores dão conta que a intervenção foi acordada entre o presidente nacional da legenda e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e a presidente Dilma Rousseff.
Procurada, a assessoria de imprensa da coligação “Frente BH Popular” afirmou que o assunto seria analisado pela equipe jurídica.