Sem funcionar desde 2006, o Conselho de Comunicação Social será reativado com a posse de seus 26 integrantes (13 titulares e 13 suplentes), em agosto. Aprovada pelo Congresso na véspera do recesso parlamentar, a composição do Conselho recebeu críticas da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direto à Comunicação com Participação Popular (Frentecom).
Em nota, a coordenadora da Frente, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), afirmou ter recebido com "estranheza e perplexidade" a nomeação dos novos integrantes do Conselho. "Manifestamos nosso veemente repúdio pela forma desrespeitosa e antidemocrática como o presidente do Senado tratou, neste caso, os parlamentares e representantes de mais de cem entidades da sociedade civil que integram a Frentecom", disse Erundina, ao reclamar da nova composição do Conselho, aprovada numa sessão convocada para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Entre os 13 titulares do Conselho que tiveram seus nomes aprovados pelo Congresso, na semana passada, estão dois executivos das organizações Globo _ Gilberto Carlos Leifert, diretor comercial da emissora e representante das empresas de televisão; e Alexandre Kruel Jobim, vice-presidente jurídico e de relações governamentais do grupo RBS e representantes de imprensa escrita. Os jornalistas são representados por Celso Schröder, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, e Fernando Cesar Mesquita, secretário de Comunicação Social do Senado, são dois dos representantes titulares da sociedade civil do Conselho.