Os sete candidatos à prefeitura de Porto Alegre aproveitaram o segundo debate em emissoras de rádio e televisão para cristalizar suas posições na corrida eleitoral deste ano. O encontro foi promovido pela Rádio Guaíba, do Grupo Record, no início da tarde desta sexta-feira. Alvo dos concorrentes, o prefeito José Fortunati (PDT), que busca mais um mandato, defendeu sua administração e a de seu antecessor, José Fogaça (PMDB), como gestões que organizaram a situação financeira do município e avançaram nas obras e atendimento à saúde, este o tema mais delicado da campanha.
O tucano Wambert Di Lorenzo proclamou-se o "único candidato verdadeiramente de oposição" como representante de um partido (PSDB) que teria "o DNA da gestão" e a força de nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o candidato a prefeito de São Paulo José Serra e a ex-governadora Yeda Crusius.
Manuela e Villaverde aproveitaram o tema "habitação" para fustigar Fortunati, que já havia falado no mesmo bloco e não voltaria a comentar o assunto. A comunista reclamou de atrasos para a remoção de mil moradores das margens de um arroio da zona sul da capital gaúcha. O petista acusou a atual gestão de não ter planejamento adequado para captar recursos do programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal.
Em outros momentos do debate, Fortunati lembrou a Villaverde que o governo estadual aplica apenas 5% de sua receita em saúde, um índice inferior aos 12% exigidos pela legislação. Também destacou, provocando Manuela, que Porto Alegre está classificada por critérios do Ministério da Saúde, como a quarta melhor cidade em atendimento à saúde no grupo das que tem melhor infraestrutura do País, enquanto Canoas, governada pelo PT, está em 33º no segundo grupo, de estrutura média, e Olinda, administrada pelo PC do B, em 229º no terceiro grupo, de pequena estrutura.
O debate não fez referências a temas polêmicos do momento político nacional, como o caso Cachoeira e o julgamento do chamado Mensalão.