Um dos indícios de envolvimento do ex-presidente apontados pelo defensor é o fato de Lula, ao ter supostamente sido avisado por Jefferson do esquema de compra de apoio político no Congresso, não ter feito nada. Corrêa Barbosa também quer o motivo pelo qual a Procuradoria-Geral da República não o denunciou, não fez diligências, nem sequer propôs ao Supremo o arquivamento de uma investigação contra Lula. "É uma caixa-preta aquilo lá", criticou.
Para o advogado de Jefferson, o Supremo terá três caminhos a seguir quando ele questionar mais uma vez a ausência de Lula no caso: rejeitá-lo; converter em diligência para incluí-lo no processo (o que atrasaria o julgamento); e mandar abrir um processo em separado. A chance de sucesso da estratégia, contudo é nula e serviria mais para retardar o julgamento da causa.
Corrêa Barbosa visitou Jefferson no domingo à noite no Hospital Samaritano, no Rio. O presidente do PTB passou no sábado por uma cirurgia para retirada de um tumor no pâncreas. Segundo o advogado, Jefferson estava bem disposto. "Ele não parava de falar e ainda queria saber o que os jornais estavam noticiando sobre o mensalão", disse.