Jornal Estado de Minas

Zezé di Camargo e o prefeito de Bom Despacho são condenados a oito anos de inelegibilidade

- Foto: EugĂȘnio Gurgel/EM/DA PressO prefeito de Bom Despacho, Haroldo Queiroz (PDT), e o cantor sertanejo Zéze di Camargo - que faz dupla com o irmão Luciano -, foram condenados a oito anos de inelegibilidade e ao pagamento de multa de R$ 57 mil cada um. Em decisão tomada na na sexta-feira e divulgada nesta segunda-feira, a juiza Sônia Helena Tavares, julgou procedente a Ação de Investigação Judicial movida pelo Ministério Público Eleitoral, que denunciou os dois por propaganda extemporânea. De acordo com o MP, o fato teria ocorrido durante a festa de cem anos do município localizado na Região Centro-Oeste de Minas, quando o cantor, durante o show, estimulou o público a vaiar e desqualificar o vereador Fernando Cabral (PPS) da cidade e fazer promoção do prefeito.
Para a juíza, o comportamento de Zezé, aproveitando de sua fama, influenciou o público e beneficiou o líder do Executivo no município "que se utilizou da máquina administrativa em seu favor, o que caracteriza abuso de poder, porque assumiu finalidade eleitoreira". O cantor sertanejo também responde pelos crimes de difamação e injúria eleitoral, que podem resultar na imposição de pena privativa de liberdade e no pagamento de multa penal.

Zezé di Camargo já havia sido condenado em outra ação judicial movida pelo Ministério Público Eleitoral que também teve desfecho desfavorável ao sertanejo. Ele foi condenado em primeira instância a pagar uma multa no valor de R$ 25 mil por infração do Código Eleitoral.