Jornal Estado de Minas

Escritório de Thomaz Bastos deixa defesa de Carlinhos Cachoeira

Advogados afirmam que saída do caso não está relacionada à suposta tentativa da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, de subornar um juiz federal que participou das investigações contra o bicheiro

O ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, não será mais o responsável pela defesa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Também deixam o caso os advogados que formavam a equipe, Augusto Botelho e Dora Cavalcanti.

Cachoeira está preso desde fevereiro deste ano, acusado de envolvimento em jogos ilegais. Nesta segunda-feira, a mulher do contraventor, Andressa Mendonça, foi ouvida pela Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de suborno contra o  juiz federal Alderico Rocha Santos. Segundo a advogada Dora Cavalcanti Cordani, a petição informando a saída do caso será protocolada hoje. Ela afirmou ainda que a decisão não está relacionada à suposta tentativa de suborno e que já havia um acordo com a família de Cachoeira, que previa a saída após as audiências na 11ª Vara Federal em Goiânia, ocorridas na semana passada.

"Tínhamos combinado que após as audiências começaríamos a transição para um outro escritório escolhido por eles. Estamos em reunião com a família e acho que até o final da semana já poderemos repassar o processo", explicou a advogada. Thomaz Bastos já estava fora do caso há duas semanas.

Preso em Brasília

Cachoeira é acusado de envolvimento em um esquema de jogos ilegais e de liderar uma organização criminosa que teria cooptado políticos e empresários. Ele está preso desde o dia 29 de fevereiro, em Brasília. Nessa segunda-feira (30), a mulher de Cachoeira foi detida sob suspeita de tentar subornar o juiz Alderico Rocha Santos, responsável pela investigação contra Cachoeira.

Andressa prestou depoimento na Polícia Federal em Goiânia e foi liberada, mas terá que pagar R$ 100 mil de fiança. Além disso, Andressa – considerada pelo Ministério Público como mensageira do grupo de Cachoeira – ficou impedida de ter contato com os réus no processo, inclusive com seu marido. Caso ela desrespeite essa determinação, poderá ser presa.

 

Com informações da Agência Brasil