A volta dos trabalhos parlamentares em pleno período eleitoral atraiu nessa quarta-feira , em peso, os deputados estaduais. O plenário se encheu não para votação de projetos, mas para a posse de colegas no Legislativo. Os parlamentares se dividiram em solenidades também no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Executivo, onde várias lideranças se juntaram para prestigiar aliados que assumiam novos cargos. Quem abriu o semestre na Assembleia Legislativa foi o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que enviou projeto de lei à Casa criando cerca de 1,7 mil cargos sem concurso público.
A ex-deputada Ana Maria Resende (PSDB) voltou a assumir cadeira na Assembleia, na vaga aberta por Romel Anízio (PP), efetivado deputado estadual. A dança das cadeiras ocorre com a renúncia de Doutor Viana (DEM), eleito em julho conselheiro do TCE. Nos bastidores, as possibilidades de mudança fizeram parte das articulações para que Viana fosse o escolhido entre outros cinco colegas. Com a saída dele, assumiu uma parlamentar tucana, aliada do governo Anastasia. Caso o segundo colocado, Sebastião Costa (PPS), vencesse, entraria um integrante do PPS. Viana tomou posse como conselheiro do TCE, cargo vitalício com salário de R$ 24.117,62, com direito a todas as prerrogativas e vantagens de desembargador de Justiça. Ele entra na vaga de Antônio Carlos Andrada, que saiu para concorrer à Prefeitura de Barbacena, no Campo das Vertentes. Com a nova configuração, o PSDB passa a ter 13 parlamentares e o DEM reduz sua bancada de três para duas cadeiras.
Também tomou posse ontem, na Cidade Administrativa, o secretário de Estado extraordinário para Coordenação de Investimentos, Fuad Noman e o diretor-presidente do Escritório de Prioridades Estratégicas do governo de Minas, André Barrence.
O TJMG quer criar 1.687 cargos na Secretaria do Tribunal e primeira instância, todos com salário de R$ 9.889,30.