Veja imagens do primeiro dia do julgamento
Na sequência, o ministro revisor, Ricardo Lewandowiski, se manifestou favorável ao desmembramento, o que causou a reação de Joaquim Barbosa, que disse que a decisão do colega “lhe causava espécie”. Por alguns instantes, os dois ministros discutiram sobre o assunto e precisou que o presidente da Corte, ministro Ayres Britto, interferisse e garantisse a fala de Lewandowski, que se disse “à vontade” para para fazer a opção pelo desmembramento. “Nos últimos seis meses analisei de forma vertical e estou à vontade para verbalizar. Ainda conforme o ministro, esse é um fato novo e merece ser analisado. “Estamos sim, diante de um aspecto novo, de uma questão inconstitucional ainda não enfrentada pela Corte. O desmembramento foi feito em um julgamento apertado na época”, defendeu.
Decididas as questões de ordem, o relator da ação penal, ministro Joaquim Barbosa, lerá um relatório resumido de três páginas, lembrando a história do processo. Em geral, os relatórios de casos de impacto têm pelo menos uma dezena de páginas, mas os ministros decidiram reduzir essa etapa para poupar tempo.
Depois disso, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, falará por cinco horas, destacando as conclusões do Ministério Público sobre a culpa de cada réu. Ele será o único a se manifestar nesta quinta-feira e a sessão será encerrada logo após suas considerações.
O julgamento recomeça nesta sexta-feira, com a participação dos advogados de cinco réus, que falarão por uma hora cada um, começando pelo representante de José Dirceu. Como são 38 réus, a argumentação da defesa termina no dia 14 de agosto.
Com Agência Brasil