A participação de Toffoli demonstrou que ele julgará o processo dos envolvidos no maior escândalo da república. Nada impede, porém, que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, venha a pedir o impedimento da participação dele.
Até o começo do julgamento havia dúvida se Toffoli participaria da análise do processo. Indicado ao STF pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, Toffoli tem forte ligação com o PT, do qual foi advogado, e com o ex-ministro José Dirceu, que foi assessorado por ele quando chefiava a Casa Civil da Presidência da República. Toffoli também foi sócio de escritório de advocacia que defendeu três acusados no processo do mensalão e sua companheira, Roberta Rangel, defendeu dois dos réus, mas já deixou o caso.
Gurgel só falará amanhã
Ficou para esta sexta-feira (3/8), às 14h, a sustentação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O cronograma inicial do STF previa ele falasse hoje por até cinco horas para sustentar a acusação. No entanto, por conta da demora na questão de ordem, a oitiva teve que ser transferida.