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Estado de Minas

Questão de ordem atrasa julgamento do mensalão


postado em 02/08/2012 18:27 / atualizado em 02/08/2012 18:45

A questão de ordem levantada pelo advogado Marcio Thomaz Bastos, na tarde desta quinta-feira (2/8), atrasou o processo do mensalão. Só por volta das 18h, os 11 ministros decidiram pela manutenção do julgamento dos 38 réus no Supremo Tribunal Federal (STF). Votaram a favor da separação os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello. A decisão contrária veio de Joaquim Barbosa, relator do processo, e dos ministros Gilmar Mendes, César Peluzo, Dias Toffoli, Cármem Lúcia, Rosa Weber, Luiz Fux, Celso de Mello e do próprio presidente do STF, Ayres Britto.

Pouco depois das 18h, com placar final de 9 a 2, Ayres Britto determinou um intervalo de 30 minutos na sessão. Na volta dos trabalhos, a permanência do ministro Dias Toffoli no julgamento pode ser outra questão de ordem. Ao sair do plenário, o advogado Márcio Thomaz Bastos ressaltou que outros questionamentos devem ser feitos pelos advogados dos réus, o que deve atrasar ainda mais o andamento do processo.

A participação de Toffoli demonstrou que ele julgará o processo dos envolvidos no maior escândalo da república. Nada impede, porém, que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, venha a pedir o impedimento da participação dele.

Até o começo do julgamento havia dúvida se Toffoli participaria da análise do processo. Indicado ao STF pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, Toffoli tem forte ligação com o PT, do qual foi advogado, e com o ex-ministro José Dirceu, que foi assessorado por ele quando chefiava a Casa Civil da Presidência da República. Toffoli também foi sócio de escritório de advocacia que defendeu três acusados no processo do mensalão e sua companheira, Roberta Rangel, defendeu dois dos réus, mas já deixou o caso.

Gurgel só falará amanhã

Ficou para esta sexta-feira (3/8), às 14h, a sustentação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O cronograma inicial do STF previa ele falasse hoje por até cinco horas para sustentar a acusação. No entanto, por conta da demora na questão de ordem, a oitiva teve que ser transferida.


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