Os manifestantes que se ausentaram da Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, durante a primeira sessão do julgamento do mensalão, tomaram conta das redes sociais nessa quinta-feira. Palavras que faziam referência ao caso estiveram entre as mais frequentes no Twitter.
Os nomes de outros ministros, como a ministra Rosa Weber ao se manifestar contra o desmembramento, também apareceram entre os termos mais comentados do microblog.
A hashtag #Mensalão não esteve entre as dez mais usadas, mas apareceu em tweets em outros países. O termo #ConfioNoSTF, criado por quem não acredita na existência do esquema, chegou a ocupar o terceiro lugar.
Do Hospital Samaritano, no Rio, onde permanece internado após a retirada de um tumor no pâncreas, o ex-deputado Roberto Jefferson não poupou comentários. “Será um mês longo, de exaltação ou velório da democracia. Mês para mostrar que o STF tem liberdade, independência e, principalmente, coragem.”
Jefferson criticou o atraso ocasionado pela votação de uma questão de ordem colocada pelo advogado Marcio Thomaz Bastos. “Se julgamento ficar na só tipicidade, antijuricidade e culpabilidade, tende a ser um mar de tédio para a opinião pública.”
Ele tocou, ainda, em outro assunto que promete ser tratado: “Se o julgamento se prolongar mais do que se imagina, haverá acalorada discussão sobre a possibilidade de (o ministro Cezar) Peluso adiantar voto.”
A ex-senadora do PSOL Heloisa Helena pediu pelo Twitter a punição dos culpados. “Que o Brasil não sinta mais vergonha por ver pobre na cadeia pelo roubo de pão e corrupto impune pela pocilga mensalão!”
Já o deputado federal Paulo Teixeira (PT) pediu a aplicação da lei e concordou que a Corte julgue apenas réus com foro privilegiado. “Concordo com o ministro Lewandowski quando defende o desmembramento da ação penal 470, para que o STF julgue apenas quem tem foro privilegiado.”