O advogado do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), Alberto Toron, espera que a decisão do Supremo Tribunal Federal, no processo do mensalão, seja semelhante à tomada no caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello, hoje senador pelo PTB. Collor foi absolvido pelo tribunal,por falta de provas, da denúncia de envolvimento no esquema de corrupção.
O advogado afirmou que a absolvição não colocaria o STF como conivente com corrupção. "Se não condenar, não significa que o tribunal está conluiado com a corrupção. Simplesmente, a questão é de prova. Se não se provou, não se pode condenar."
Ele comentou ainda o bate-boca entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandovski na sessão de quinta-feira. Para Toron, o presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto, deveria ter interferido. "O nervosismo pode atrapalhar o julgamento. Naquele debate áspero dos ministros Joaquim e Lewandovski faltou a interferência da Presidência para impedir excessos."