Gurgel destacou saques feitos a mando de Delúbio nos quais não há a destinação de beneficiário do dinheiro. Enfatizou as constantes reuniões do ex-tesoureiro com o publicitário Marcos Valério, apontado como coordenador operacional do esquema. Afirmou ainda que o tesoureiro era "subordinado" a Dirceu dentro da organização. "Delúbio era o elo entre o núcleo político comandado por Dirceu e os operacional e financeiro, comandados por Marcos Valério".
Apesar de não ser mais réu por ter feito acordo com o Ministério Público, o ex-dirigente petista Silvio Pereira não foi esquecido. Gurgel destacou que ele agiu nos bastidores do governo negociando alianças políticas a mando de Dirceu. Para o procurador, isso ocorreu porque o esquema não era legal e o ex-ministro não poderia pedir o serviço a auxiliares na Casa Civil. "Não era possível a José Dirceu confiar a servidores da Casa Civil a negociação ilícita que fazia com parlamentares".