Apesar de não gostar do termo "primeira-dama", Ana Estela defende uma "repaginação" da função. Para ela, a mulher do chefe do Executivo não precisa atuar em desacordo com a sua identidade. "Acho que uma inspiração para mim é ver primeiras-damas em equilíbrio e em paz com aquilo que elas são", disse. Caso Haddad seja eleito, Ana Estela afirma que, mesmo tendo experiência em gestão pública (ela trabalhou por dois anos no Ministério da Educação como assessora especial e seis anos no Ministério da Saúde), como primeira-dama, participará do governo sem ocupar um espaço formal. "Não pretendo de forma alguma ocupar cargo", anunciou.
Marta Suplicy
Envolvida com o plano de governo petista para a área da saúde, Ana Estela prega a participação espontânea dos militantes na campanha de Haddad e diz que a ausência da senadora Marta Suplicy foi uma decisão pessoal dela e que deve ser respeitada. "Essas coisas têm de ser muito espontâneas, independentemente de ser a Marta. Se a pessoa manifestar que quer contribuir, ótimo. Eu não tomo a iniciativa (de pedir a participação)", declarou.
Para ela, a falta de Marta é suprida pela mobilização da militância nas ruas, pelo apoio das lideranças do PT e, principalmente, pelo suporte nos bastidores da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A gente tem tantas pessoas envolvidas, engajadas hoje neste processo.... Então, essa questão de uma pessoa ser totalmente insubstituível acho difícil. Sendo o Fernando o candidato, acho que ele tem de estar à frente deste processo", avaliou.