Já o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), chamou de "fraca" e "inconsistente" a manifestação de Gurgel. "Ele não mostrou prova nenhuma, politizou o julgamento. Ele foi contaminado pelo movimento midiático, jogou para a plateia. É um momento triste da história do Ministério Público, que se apequenou".
O pedido de prisão imediata dos condenados foi também criticado. "São os autos e as provas que definem o que vai ser feito, quando ele pede isso é porque não tem elementos", disse Tatto, que protestou ainda contra a afirmação de Gurgel de que sofreu "ataques grosseiros e mentirosos". Para o líder petista, o procurador mentiu. "Ele disse que foi pressionado, mas não diz quem o pressionou. É mentira. Se algum juiz ou procurador é pressionado por alguém tem obrigação de denunciar e ele não fez, então é tudo mentira".
Para ele, os ministros não deverão ser influenciados pelas fortes palavras do procurador. "Essa corte é calejada e vai decidir pela lei, pelos autos, não por palavras".