O governo brasileiro enviou uma carta para essas empresas em junho, pedindo que suas propostas fossem estendidas até dezembro. Segundo o governo, essa é uma prática comum, que ocorre a cada seis meses quando não há uma decisão. "Eu não estou em conversações com nenhuma companhia no momento, o que não exclui a possibilidade de eu receber alguém aqui", comentou Amorim em seu escritório em Brasília.
"Hoje, eu não diria que nenhuma companhia é favorita. A questão mais importante é quando nós vamos fazê-lo e, então, analisaremos novamente as propostas", explicou o ministro. "Existe a necessidade de nos reequiparmos, mais isso precisa ser resolvido de acordo com as possibilidades do país".
Ele disse ainda que preço, qualidade e transferência de tecnologia são os três principais elementos, "mas o peso específico que será dado a cada um deles é algo que eu ainda não tive a chance de discutir profundamente".
Amorim afirmou ainda que quer elevar o orçamento da Defesa para 2% do PIB, o que traria o Brasil para mais perto dos níveis observados em países como China, Rússia e Índia. "Esse é meu objetivo. Não é um programa de governo aprovado. É algo que eu considero razoável de ser atingido". Segundo o ministro, os gastos com defesa podem ser uma maneira eficiente de criar e manter empregos durante a atual desaceleração econômica, além de fornecer incentivos para avanços tecnológicos.