O líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), também não acredita que o acordo firmado entre o Brasil e o Paraguai será descumprido. “No Paraguai todo o presidente para se legitimar faz uma bravata em relação ao Brasil e a Argentina”.
Já o senado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), avaliou que a ameaça paraguaia deve servir de lição para que a diplomacia brasileira atue de forma mais “cautelosa” na relação com os países vizinhos.
“Fica a lição para que o Brasil pare de fazer diplomacia idealista e respeite seus vizinhos. A diplomacia brasileira está muito aquém do que foi no passado”, criticou o senador tucano.
Ontem, o presidente do Paraguai, Federico Franco, anunciou a intenção de suspender a venda de energia excedente para o Brasil. Franco disse que enviará até dezembro um projeto de lei recomendando a suspensão da venda de excedentes de energia para o Brasil.
Assinado em 1973, o Tratado de Itaipu estabelece que cada país tem direito a metade da energia gerada pela usina. Como usa apenas 5% do que tem direito, o Paraguai vende grande parte para da energia para o Brasil e um pouco para a Argentina. O tratado não autoriza que a energia destinada ao Brasil seja vendida a outros países. Para ajustar as tarifas, a pedido do Paraguai, houve um aumento nos valores recentemente.