Genu "foi um mensageiro", diz advogado de ex-assessor em julgamento do mensalão
Após um intervalo de pouco mais de 30 minutos, foi retomada a sessão de julgamento da Ação Penal 470. Foi chamado à tribuna Maurício Maranhão de Oliveira. Ele é o advogado João Cláudio Genu, que, à época do mensalão, era filiado do PP e assessor do então deputado federal José Janene, morto em 2010. Ele é acusado de distribuir recursos aos deputados da bancada do PP e responde por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes que podem dar até 27 anos de prisão ao réu. Maranhão ressaltou que "ficou provado nos autos que João Cláudio era um mero assessor do PP. Foi um mensageiro". Ele estava trabalhando há apenas 40 dias para o partido quando buscou os recursos para o ex-deputado Janene, no Banco Rural de Brasília em 2003. “Ele somente cumpriu ordens dadas por seus superiores. (…) Ele era o assessor que trabalhava para o partido (…) como qualquer assessor de parlamento, mas nunca como articulador político”. E, assim como os demais advogados ouvidos, desclassificou todas as acusações, às quais chamou de “areia movediça”. "A quadrilha existe em tese, mas os seus integrantes mal se conhecem", argumentou.