"A greve continua; Dilma a culpa é sua" - foi um dos estribilhos que repetiram os ativistas, de instituições de ensino da região que aderiram à paralisação e também da Universidade Federal Minas Gerais (UFMG). A presidente procurou manter a calma e evitou olhar na direção dos manifestantes, que foram cercados por policiais militares e seguranças da Presidência.
Dilma defendeu, porém, indiretamente, sua política para enfrentar a greve do funcionalismo. "Este é um país que tem de ser feito para a maioria de seus habitantes. Não pode ser feito só para uma parte deles", disse, entre as vaias dos cerca de 40 ativistas e aplausos de centenas de pessoas.
"Hoje, estamos enfrentando uma crise no mundo. O Brasil sabe que pode e vai enfrentar a crise e vai passar por cima dela, assegurando empregos para todos os brasileiros. O que o meu governo vai fazer é assegurar empregos para aquela parte da população que é a mais frágil, que não tem direito à estabilidade", continuou a presidente, referindo-se aos servidores, sem mencioná-los explicitamente."
Dilma ainda completou: "Queremos todos os brasileiros empregados recebendo seus salários e recebendo serviços públicos de qualidade". Depois de pouco mais de 10 minutos, a presidente encerrou o discurso dizendo-se "sempre muito feliz com essa forma tão amigável como Minas recebe a gente".