Jornal Estado de Minas

Único defensor público do julgamento do mensalão alega cerceamento de defesa

Diego Abreu Helena Mader
- Foto: Nelson Jr/ SCO/STF
Começou a ser ouvido no plenário do Supremo Tribunal Federal, por volta das 15h30 desta sexta-feira (10/8), Haman Córdoba, defensor do réu do mensalão Carlos Alberto Quaglia, dono da empresa Natimar. Ele é acusado de usar a empresa para lavar dinheiro ilícito do esquema para o PP.
Logo no início da sua sustentação, Córdoba afirmou que acredita em um resultado absolutamente isento do STF e que “assim Carlos Alberto Quaglia terá um julgamento justo”. Pela primeira vez no julgamento do mensalão, um defensor publico faz a sustentação de um dos réus.

Durante a sustentação, Córdova alegou que houve cerceamento da defesa do seu cliente Carlos Alberto Quaglia. Além disso, assim como o advogado anterior, Guilherme Alfredo de Moraes Nostre, a defesa afirmou que Quaglia “sequer conhecia qualquer um dos políticos”.

No início, os ministros interromperam a sustentação para perguntar quando Quaglia trocou de advogado e houve uma conversa sobre o assunto. Mais uma vez, foi defendido o desmembramento do processo.

Durante sua defesa, Córdoba lembrou que, em depoimento, Marcos Valério afirmou que não conhecia Quaglia, assim como os demais parlamentares que receberam o dinheiro. "Defender um inocente muitas vezes é mais difícil do que defender um culpado".