Questionado sobre se o fato não demonstra falta de controle da campanha, o candidato do PT disse que "falhas profissionais acontecem". E sugeriu ao partido concorrente (PSDB):
"quando eles detectarem um erro como o de hoje (vídeo comparando Serra a Hitler), é melhor agir rápido como eu. Isso contribui para um clima favorável na campanha. Se fingir que nada aconteceu, é ruim".
Haddad, que apresentará seu plano de governo na próxima segunda-feira, prometeu anunciar novidades durante a campanha eleitoral televisiva, que começa no dia 21 de agosto. Segundo ele, a marca da campanha será o desenvolvimento urbano.
"Trabalhamos seis meses. Reunimos o que a cidade tinha de melhor para nos ajudar. Algumas das nossas propostas já estão na rua, provocando reação dos adversários", afirmou ele, em entrevista à imprensa.
Haddad também disse não entender porque houve tanta manifestação do PSDB contra o bilhete único mensal, que permitiria à população realizar viagens ilimitadas de ônibus, trem ou metrô pela capital paulista. "É algo que tem no mundo inteiro. Nós podemos avançar e dar condições para o jovem e para o trabalhador circularem pela cidade com mais liberdade", destacou.
No discurso durante a plenária, o candidato do PT afirmou que as companhias responsáveis pelo metrô e pelo trem de São Paulo serão convidadas a integrar o projeto do bilhete único mensal. Conforme a coordenação da campanha petista, o custo para o usuário comum seria de cerca de R$ 150 e, para os estudantes, de R$ 75.
Ainda durante seu discurso, Haddad atacou a atual gestão (Kassab) e a anterior (Serra) e resumiu parte de suas propostas. Entre elas estão levar o metrô para o Jardim Ângela, Lapa e Pirituba, duplicar a Estrada do M'Boi Mirim e construir 55 mil unidades habitacionais em quatro anos.