Enquanto se diz aliviado com o início do julgamento, que, para ele, será o momento para fazer sua ampla defesa, Anderson Adauto, 55 anos, considera injusto o resultado de um júri no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que, na quinta-feira, o condenou a três anos de reclusão por crime contra a fé pública, sentença que foi convertida em pagamento de multa. A tese da acusação, de que houve fraude no processo seletivo para a contratação de 43 agentes de saúde, em 2006, foi acatada por unanimidade. Por se tratar de condenação criminal por órgão colegiado, sendo o acórdão publicado, Anderson Adauto deverá estar inelegível por pelo menos oito anos e será enquadrado na Lei Ficha Limpa, o que joga por terra sua anunciada pretensão de disputar uma cadeira de deputado federal em 2014. Por meio de nota, o prefeito lembrou que, ao tomar conhecimento das denúncias, determinou seu imediato cancelamento. “Agi de forma preventiva, imediatamente, às denúncias e sem prejuízo a qualquer pessoa que seja”, disse o prefeito, que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Não bastassem esses problemas, Adauto também está no meio de uma disputa interna no PMDB, pela causa da indicação do candidato à sucessão municipal. Adauto – reeleito em 2008 no primeiro turno – e parte do diretório apoiam o ex-secretário municipal de Governo Rodrigo Mateus, enquanto a outra corrente defende o nome do deputado federal Paulo Piau. Indicado em convenção, após intervenção da Executiva Estadual no diretório municipal, Piau teve o pedido de candidatura indeferido por pedido de aliados de Rodrigo, indicado em outra assembleia de filiados. Por sua vez, Rodrigo também não conseguiu legalizar sua situação na Justiça Eleitoral.