O segundo a falar na tarde desta segunda-feira no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga o caso mensalão – Ação 470 -, foi o advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que defende o ex-deputado Roberto Jefferson. No início de sua argumentação, o defensor disse que a ação era “açodada e incompleta e, por isso mesmo, improcedente, se não foi intimidatória”. O advogado ainda afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia e tinha responsabilidade sobre os atos dos ministros. Para ele, Lula não seria “pateta” de não saber o que estava acontecendo. “Tudo isso aconteceu sob suas barbas. Não só sabia como ordenou tudo isso”. O defensor ainda lançou um ataque contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “Os funcionários atenderam o patrão e o deixaram de fora. Aliás, o procurador-geral da República deixou", afirmou.
O advogado ainda atribuiu ao procurador da República – responsável pela acusação dos 36 réus da ação -, o papel de “omisso”, por não querer atribuir ao ex-presidente a acusação de participante e cabeça do esquema. Para ele, Gurgel preferiu considerar Lula um “pateta”. Sobre as acusações imputadas a Roberto Jefferson, ele as classificou como forma de intimidação, já que ele foi o principal delator da existência do pagamento de uma espécie de mesada para parlamentares em troca de apoio político. “Roberto Jefferson foi acusado para calar aquela sua boca enorme”, enfatizou.
Luiz Francisco Barbosa ainda confirmou que o PT fez o pagamento de R$ 4 milhões através do empresário Marcos Valério.