Ele levou o caso à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público sob alegação de "crime de responsabilidade" e de "uso da máquina de forma afrontosa". Junto com a representação, Carvalho entregou cerca de dez depoimentos de pessoas que ocupavam cargos comissionados - de livre nomeação - e teriam sido chamados aos gabinetes de suas chefias para que aderissem à campanha socialista. "Quem recusou, foi demitido no dia seguinte. Já foram 241 demissões", atacou. "Se fossem casos isolados, pensaríamos que era iniciativa das chefias. Mas como são dezenas vimos que é institucional", completou o vice-prefeito.
O Ministério Público Estadual recebeu a documentação entregue por Carvalho, mas informou que a denúncia ainda será analisada. Já a assessoria de Lacerda afirmou que só vai se manifestar sobre o caso após o MPE se pronunciar.
A relação entre Roberto Carvalho (PT) e o prefeito Marcio Lacerda (PSB) azedou de vez no final do ano passado, após Lacerda demitir alguns dos assessores diretamente ligados ao gabinete de Carvalho. Desde então os dois passaram a divergir publicamente.
Além disso, Roberto Carvalho sempre defendeu que o PT tivesse candidatura própria para concorrer à prefeitura da capital. Apesar da briga, o partido apoiava Lacerda e chegou a indicar o vice na chapa com o socialista. A aliança só foi desfeita após o PSB decidir que não se coligaria para as eleições proporcionais, para vereador. A atitude provocou o rompimento da aliança e os petista optaram por lançar candidatura própria a PBH.
Com Agência Estado