Antes do depoimento , ela era tida como sócia da Alberto & Pantoja Construções, empresa considerada pela Polícia Federal como integrante do esquema de Cachoeira. Roselinegou ser dona da Alberto & Pantoja, apontada pela Polícia Federal como uma empresa de fachada para lavar dinheiro do esquema montado por Cachoeira.
No início do depoimento, o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-SP), perguntou se o número no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) que consta na CPI é dela. A comerciante negou e disse que seu nome é escrito com “i” e não com “y”, como foi incluído nos registros da comissão.
Roseli Pantoja informou que foi casada com Gilmar Carvalho Moraes, contador que é apontado pela Polícia Federal como integrante da quadrilha montado por Cachoeira. Disse ainda que, antes da separação, ocorrida há 10 meses, assinou uma procuração para o ex-marido para que ele providenciasse a abertura de uma empresa.
Outros depoentes
Roseli é uma das três pessoas convocadas para depor nesta quarta-feira na comissão. Antes dela, o ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula, compareceu à CPI, porém, invocou preceito constitucional para ficar em silêncio. “Por orientação do meu advogado, permanecerei em silêncio”, afirmou.
Edivaldo aparece em gravações da Polícia Federal referentes a um repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira. Ele também impetrou habeas corpus junto ao Supremo, mas o processo segue em segredo de Justiça, motivo pelo qual o Edivaldo aparece em gravações da Polícia Federal referentes a um repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira. Ele também impetrou habeas corpus junto ao Supremo, mas o processo segue em segredo de Justiça, motivo pelo qual o conteúdo não foi divulgado.
A CPI que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados abriu os trabalhos, por volta das 10h30 desta quarta-feira, com protestos de alguns senadores que integram a comissão. Os parlamentares criticaram a notícia veiculada pela imprensa de que a CPI teria arquivado requerimentos para apurações sobre as empresas de fachada supostamente vinculadas à Delta. O vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), reiterou que a informação está errada, uma vez que não houve arquivamento.
Também é aguardado Hillner Braga Ananias, ex-segurança do ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado em julho sob acusação de favorecer Cachoeira. Ananias teve o nome citado em ligações telefônicas captadas pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do contraventor goiano. Ele deverá comparecer munido de habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal (STF) garantindo o direito de permanecer calado.