Além de pregar a extinção do TCM, o candidato do PSOL disse também que a cidade de São Paulo está dominada por máfias. Ele citou, ao menos, cinco áreas em que esses supostos grupos estariam atuando na cidade: lixo, merenda escolar, serviço funerário, transporte e especulação imobiliária. Para combater esses grupos, Gianazzi propôs a criação de um comitê com representantes de todas as polícias para o embate. "Faremos uma devassa nessas máfias", prometeu.
De acordo com Gianazzi, o seu partido, o PSOL, é o único com autonomia para encarar esses grupos porque "não é sustentado pelas grandes empreiteiras e pelos grandes empresários". "Os outros têm o rabo preso", opinou. Questionado sobre quem eram os outros, Gianazzi apontou o PSDB e o PT como os dois principais atores, além do que classificou de "partidos satélites, que orbitam ao redor desses dois", como o PMDB, PDT, PSD e o PPS.
Com menos de um minuto na propaganda do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV (57s), Gianazzi afirmou que pretende usar o prestígio "ético e combativo" dos integrantes de seu partido para convencer o eleitorado. Ele já realizou sessões de fotos com o candidato do PSOL à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, e fará, nesta sexta-feira (17), caminhada em São Paulo com o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), "que foi uma das vozes mais ativas na CPI do Cachoeira". E avalia: "Um militante do PSOL vale por mil cabos eleitorais das outras candidaturas." Ele disse também que recebeu apoio da base petista na Capital, sobretudo dos professores. "Eles começam a aparecer por causa da aliança que o Haddad (Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura) fez com o (deputado federal pelo PP, Paulo) Maluf."
Choque
Na entrevista ao Grupo Estado, Gianazzi defendeu também um "choque" de investimentos na educação pública, pois no seu entender é o principal instrumento de desenvolvimento, e um "choque de gestão democrática". Entre as mudanças que planeja para a administração municipal, caso seja eleito, ele citou a instituição de eleições para os subprefeitos da cidade e uma "maior participação popular". "O Kassab militarizou as subprefeituras. (Instauraria) eleições diretas para as sub, para decidir o orçamento e faria o planejamento participativo e fortaleceria os conselhos gestores. Quanto mais transparência, menos corrupção. Vamos estimular a participação popular."
Gianazzi afirmou também que é contrário à instalação de pedágios urbanos na cidade de São Paulo: "É um crime contra a população. Nós defendemos investimentos em transporte de massa, especialmente em trem e metrô e a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus."
Na saúde, Gianazzi defendeu a valorização dos profissionais da área, com aumento de salário, e a construção de novos hospitais. "Faria, ao menos, mais três unidades".
Gianazzi afirmou ainda que tentaria o refinanciamento da dívida pública de São Paulo com a União. "Nenhum prefeito teve coragem de fazer esse enfrentamento. O PSDB foi governo e não fez. A Marta governou com o Lula e não fez. Eles mentem (que tentaram fazer) porque tiveram a oportunidade e não fizeram."