Em relação ao peculato, o relator focou na execução do contrato que permitiu o repasse de R$ 10,7 milhões à SMP&B. De acordo com seu voto, 99,9% deste montante foi alvo de subcontratação apesar de no contrato estar previsto que a SMP&B teria de ter a maioria das ações. Enfatizou que R$ 1,092 milhão foi pago à agência a título de honorários pelas terceirizações.
Barbosa destacou que entre os serviços terceirizados estavam ações nas áreas de engenharia, arquitetura e computação gráfica, que não eram objeto do contrato com a agência. Ressaltou que até campanhas criadas pela Secretaria de Comunicação da Câmara tinham a veiculação feita por meio de subcontratação com o pagamento de honorários à SMP&B. Observou que inclusive uma pesquisa de opinião feita pelo instituto Vox Populi para ver se "José Dirceu tinha culpa no cartório no caso de Waldomiro Diniz" foi feita com o repasse de comissão à agência.
"A SMP&B foi contratada para receber honorários. Isso propiciou o enriquecimento ilícito dos sócios da agência. Múltiplas irregularidades foram realizadas pela SMP&B em coautoria com João Paulo Cunha que, mediante autorizações, executou os atos materializadores dos desvios", afirmou o ministro.
Barbosa enfatizou que foram assinadas por João Paulo mais de 50 autorizações de subcontratações. Na visão dele, essa atitude reiterada deixaria evidente o dolo na ação do deputado federal.