Levi também apontou sua metralhadora aos institutos de pesquisa e à mídia que, em sua opinião, "só dá espaço aos outros candidatos". "Não me colocam nas entrevistas. Já deram páginas para o (candidato José) Serra, para a Soninha, a maconheira. A maconheira pode, eu não", queixou-se. "A mídia não encontra (nada de errado) em mim, por isso que é sarcástica comigo. Sou o candidato mais limpo desta eleição", declarou.
A série Entrevistas Estadão pretende entrevistar os 12 candidatos que disputam a Prefeitura de São Paulo neste mês de agosto. Os encontros vão ser realizados sempre às 15 horas e podem ser acompanhados, ao vivo, pela página da TV Estadão, na internet.
Alternando momentos de elogios e críticas àqueles que teriam se inspirado em seu programa de governo, Levy Fidelix elogiou as gestões do PSDB no Estado de São Paulo por terem iniciado a construção do monotrilho. "Aerotrem é o monotrilho que estão fazendo (em São Paulo). Trouxe a ideia em 1996. O (ex-governador José) Serra, começou a fazer no ano retrasado e continua (com o governador Geraldo Alckmin). Obrigado Serra, obrigado Alckmin", afirmou.
Vangloriando-se de ser um "veterano" das urnas, já que está em sua 12ª eleição sem nenhuma vitória, Fidelix atribuiu as suas derrotas às "fraudes" na apuração das eleições. "Coloco em dúvida o grau de confiabilidade das urnas. Quero ingressar em órgãos internacionais para questionar a validade dessas urnas. Isso é muito sério", acusou o candidato.
Questionado sobre a sua posição nas pesquisas de intenção de votos, em muitas das quais ele sequer pontuou, Fidelix disse não acreditar nessas mostras. "Eu coloco sérias dúvidas nas pesquisas que a imprensa divulga. A mídia quer substituir uma entrevista como essa (da série de entrevistas do Estado) pela pesquisa. Querem substituir o povo", acusou. "Vamos acabar com as eleições e ficamos só com a pesquisa", propôs ironicamente.
Propostas
Entre as propostas que Levy Fidelix apresentou, estão os moto médicos, equipe de médicos "capacitada" para andar em motocicletas e ir até os pacientes "driblando o trânsito", um cartão com todas as informações de saúde dos paulistanos e o Plano de Atendimento à Saúde do Paulistano (PASP), que é uma reedição do PAS, de Paulo Maluf, "porém alterado", explicou o candidato sem dar muitos detalhes do projeto.
Na área de transporte não poderia faltar o Aerotrem. "Se tivéssemos iniciado o projeto ao mesmo tempo que o metrô, já teríamos oito mil quilômetros", disse. Ele afirmou também que irá "acabar com a indústria da multa" e com as inspeções veiculares da empresa Controlar. "Vou romper o contrato, as oficinas autorizadas vão poder fazer (a inspeção)", afirmou. "A população não vai ter que ir nesses chiqueirinhos", afirmou, referindo-se aos centros da Controlar.