O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, lamentou o aumento de ações judiciais na corrida pela prefeitura e creditou o fato à campanha do principal adversário, Patrus Ananias (PT). Em caminhada ontem pela Região Leste da cidade, sob sol escaldante, provocou: “Quando um lado está perdendo, geralmente o desespero toma conta do comitê de campanha e aí aumenta a agressividade”. Ele alegou que o artifício de acionar a Justiça foi utilizado primeiramente pelos petistas, mas avisou que está preparado para responder à altura.Desde o começo da campanha, já foram ajuizadas nove representações e uma ação cautelar pela coligação Frente BH Popular, de Patrus, a maioria pedindo a retirada de painéis e outras formas de publicidade institucional da PBH. Há também uma contra a participação do secretário de Estado de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira (PSD), na campanha em horário de expediente. Do lado do PSB, foram quatro representações, uma pela falta do nome do candidato a vice Aloisio Vasconcelos (PMDB) em um vídeo publicado na internet e uma pelo mesmo motivo na página da campanha do adversário. Alexandre Silveira também entrou com pedido de impugnação da candidatura de Patrus por ele ter se desincompatibilizado da presidência de um conselho da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apenas quatro meses antes da eleição.

Ministro Ontem, três vereadores do setor de saúde que apoiam Lacerda – Alexandre Gomes (PSB), Bruno Miranda (PDT) e Ronaldo Gontijo (PPS) – protocolaram ações no Ministério Público Eleitoral e no Ministério Público Federal acusando o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de ter usado seu cargo para beneficiar a campanha de Patrus. Gontijo ressaltou que Padilha tem todo o direito de se posicionar, mas não como ministro. Ao fazer campanha na Região Leste, Lacerda ressaltou: “A gestão presidencial hoje é republicana no Brasil, não olha a cor partidária dos candidatos ou dos prefeitos para fazer parcerias com o governo federal”.