Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ir para a sessão de julgamento desta segunda sem saber o que será votado pela Corte. Apesar de parecer um absurdo, integrantes e assessores confidenciaram no domingo não saber se o relator, Joaquim Barbosa, continuará a votar o processo do mensalão ou se será a vez de o revisor, Ricardo Lewandowski, posicionar-se sobre a acusação do Ministério Público Federal contra o deputado federal e candidato a prefeito de Osasco João Paulo Cunha (PT-SP).
Pizzolato é suspeito de participar de supostas irregularidades em contratos da instituição com a DNA Propaganda e de desvio envolvendo verbas de publicidade do BB oriundas do Fundo Visanet.
O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, deve conversar antes da sessão com Barbosa para saber qual rito será adotado. A equipe de Ricardo Lewandowski, por sua vez, passou o final de semana no Supremo para reorganizar o voto do ministro, conforme a ordem de votação estabelecida por Barbosa, na expectativa de que o revisor apresente seu voto sobre a situação de João Paulo Cunha.