Em funcionamento há quatro meses, a CPI do Cachoeira transformou-se na “CPI do Silêncio”, onde impera o mutismo dos envolvidos com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos.Dos 32 depoentes, apenas 13 falaram. A lei do silêncio em vigor é fruto de acordo entre governistas e oposição, que decidiram pela dispensa de depoentes com habeas corpus para ficar calados.
Para o relator, Odair Cunha (PT-MG), o fato de o depoente não falar sinaliza seu envolvimento com Carlos Cachoeira. Mesmo diante da falta de avanços na investigação, a CPI do Cachoeira deverá ser concluída até 4 de novembro. Cunha já começou a alinhavar o relatório, que pretende apresentar entre o primeiro e segundo turnos da eleição, provavelmente no dia 16 de outubro. No relatório, Cunha deverá propor ao Ministério Público o indiciamento do governador tucano Marconi Perillo (GO) e do prefeito petista de Palmas, Raul Filho. Afinal, a maioria dos envolvidos já foi presa.