A defesa do ex-presidente do PT José Genoino encaminhou nesta segunda um novo memorial ao Supremo Tribunal Federal em uma última tentativa de convencer os ministros da inocência do réu em relação ao mensalão. O advogado Luiz Fernando Pacheco reiterou que o único papel do cliente teria sido negociar alianças políticas, sem discussão financeira.
"Conversar não é crime. Tentar acertar os ponteiros de uma aliança nacional eleitoral não é crime", diz trecho da defesa.
O memorial rebate ainda a acusação de formação de quadrilha, dizendo que o ex-presidente do PT não tem relação próxima com pessoas envolvidas nos núcleos publicitário e financeiro descritos pelo Ministério Público. "Nunca esteve associado com quem quer que fosse para a prática de crimes. Estava, isto sim, associado desde 1980 com seus companheiros na defesa de um mesmo projeto político para este País".
A última manifestação volta a destacar a história de Genoino, da militância na guerrilha do Araguaia à sua vida familiar. "O réu não é um aventureiro. É homem de ação. Tem quarenta anos de pleno e dedicado exercício dos princípios políticos que nortearam e norteiam seu pensamento e seus atos".