A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados deve ouvir nesta terça-feira os dois procuradores responsáveis pelas investigações nas Operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.
- Há parlamentares que entendem que esse tipo de depoimento, pela delicadeza e menções a determinados fatos que incidem no processo judicial, e serão determinantes para uma sentença, podem e devem ser colhidos em regime de sigilo. Se assim for necessário, haveremos de fazê-lo - garantiu.
Os depoimentos dos procuradores estão marcados para as 10h15. Amanhã, também às 10h15, serão ouvidos o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Eduardo Rincón, e o ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pires. Rincón conseguiu habeas corpus no STF para permanecer em silêncio no depoimento.
Ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, Rincón é sócio de uma empresa que teria recebido R$ 600 mil do grupo de Cachoeira. Para garantir o direito ao silêncio na comissão, ele impetrou habeas corpus nesta semana. O relator do pedido no Supremo Tribunal Federal é o ministro Joaquim Barbosa. Jayme Rincón já havia sido convocado pela CPI por duas vezes, mas alegou problemas de saúde para não comparecer.
O outro convocado, Aredes Correia Pires, seria ouvido na quarta-feira passada, mas não foi localizado pela comissão, motivo pelo qual seu depoimento foi adiado para amanhã. Segundo a Polícia Federal, ele teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos.