Ele prevê que a tendência atual é a de Serra ir para o segundo turno, favorecido pelas realizações de seus últimos anos na Prefeitura, que "serão agora apresentadas no horário eleitoral gratuito". Mas ressalvou a necessidade de o tucano diminuir o nível de rejeição, de 37% em julho. "Ao longo da campanha isso diminui. Se a rejeição não diminuir é porque ele não vai ganhar as eleições. Mas acho que o Serra está no piso, e não no teto", alegou.
No final da entrevista, na saída do gabinete do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o prefeito de São Paulo mudou o tom e deixou claro que nem ele próprio acredita nas suas previsões: "Nem ele (Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo) nem ninguém tem essa certeza. Nem o Serra tem certeza que vai para o segundo turno. É um grande equívoco afirmar que tem certeza que vai para o segundo turno."
Sobre o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Haddad, Kassab disse que o "apoiamento apenas não resolve eleição". "A performance do candidato é importante, conhecer a vida e ter propostas." E acrescentou que ainda é cedo para saber quem será o concorrente do segundo turno, se Russomanno ou Fernando Haddad. "A minha impressão é que eleição pode tudo", afirmou. "Então o candidato que não tem humildade em relação ao eleitor geralmente quebra a cara. Ninguém está garantido para o segundo turno".
Kassab visitou Sarney antes de participar de reunião com a ministra do Planejamento Miriam Belchior com prefeitos e governadores para discutir o PAC Prevenção, destinado às cidades atingidas por alagamentos e inundações.