Jornal Estado de Minas

Mais dois suspeitos de envolvimento com Cachoeira se negam a depor na CPI


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira abriu a sessão desta quarta-feira, por volta das 10h30, com a dispensa pelos senadores de dois depoentes, que amparados por habeas corpus se recusaram a falar sobre as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados.
O primeiro a ser dispensado foi o o ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, Jayme Rincón. Ele é sócio de uma empresa que teria recebido R$ 600 mil do grupo de Cachoeira. Para garantir o direito ao silêncio na comissão, ele impetrou habeas corpus nesta semana. O relator do pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) é o ministro Joaquim Barbosa. Jayme Rincón já havia sido convocado pela CPI por duas vezes, mas alegou problemas de saúde para não comparecer.

Na seqüência foi chamado o ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pires. Ele também se negou a responder às petrguntas dos senadores. Segundo a Polícia Federal, Pires teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos. O policial aposentado Aredes Correia Pires, seria ouvido na quarta-feira passada, mas não foi localizado pela comissão, motivo pelo qual seu depoimento foi adiado para esta quarta-feira..

Cavendish

O ex-presidente da Construtora Delta, Fernando Cavendish, impetrou habeas corpus no STF nesta sexta-feira pedindo para não comparecer à CPMI. O depoimento de Cavendish está marcado para o próximo dia 29, no dia seguinte ao depoimento do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Os dois depoimentos são os mais esperados da CPMI.