Apesar da histórica rivalidade entre o PT e o DEM, o candidato democrata na disputa pela Prefeitura do Recife, o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), estreou as inserções destinadas à legenda, na disputa majoritária, apostando na popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar conquistar a "simpatia" dos recifenses. Nos dois primeiros vídeos do DEM na grade televisiva o marketing da campanha apresentou Mendonça como homem público de realizações e com capacidade para celebrar parcerias com governantes de diferentes orientações políticas.
Outro que aproveitou para tentar "colar" a imagem na gestão nacional do PT foi o socialista Geraldo Júlio (PSB-PE). Desconhecido do grande público e estreante na disputa eleitoral, o candidato - que foi indicado pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos - citou a presidenta Dilma Rousseff, como sendo sua "aliada" no programa do guia exibido no início da tarde. A decisão do PSB de lançar candidato próprio na disputa acabou criando uma crise que culminou com a parceria entre os partidos, que já durava desde 2006. Graças às costuras feitas por Eduardo, 14 dos partidos que faziam parte da Frente Popular, migraram para o palanque socialista.
As referências a Lula e Dilma nos programas eleitorais do DEM e do PSB devem ser questionadas pelo jurídico da campanha do senador petista Humberto Costa, também candidato na disputa pela Prefeitura do Recife, sob o argumento de que o único candidato apoiado por Lula e Dilma é o petista e por isso o uso da imagem e referência à presidenta e ao ex-presidente só podem ser feitas pela campanha de Humberto.