O ministro disse nesta tarde que, no caso da corrupção ativa em relação ao contrato da Câmara, o Ministério Público "não logrou êxito" em demonstrar que houve favorecimento à SMP&B. A empresa de Valério repassou R$ 50 mil para o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). Segundo o MP, era propina. Mas o relator acatou a tese da defesa e considerou que o repasse serviu para bancar despesas de pesquisas pré-eleitorais.
Lewandowski também livrou Valério da condenação por peculato no caso do contrato de publicidade da Câmara. O MP sustentou que houve desvio de recursos nesse contrato. O revisor discordou. "Não foram encontrados indícios de que ocorreu terceirização fictícia", afirmou. "Não se pode cogitar de qualquer crime ou qualquer irregularidade administrativa", completou.
Pelos mesmos crimes, o ministro votou pela absolvição de Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, já votou por condenar Valério, Hollerbach e Paz por todos os crimes a que respondem. A sessão, encerrada no início da noite, será retomada na próxima segunda-feira.