Contrariado, o revisor disse que só aceitaria “a réplica se tivesse a tréplica”, mas a proposta não foi bem acolhida pelo presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, responsável por dirigir o julgamento. “Se ficarmos no vaivém no termo dos debates, não terminaremos nunca”, justificou o presidente.
Ayres Britto disse que o relator tem o direito de falar após o revisor porque tem uma certa “proeminência” no processo, o que provocou indignação de Lewandowski. “Temos uma concepção diferenciada sobre o papel do relator e de revisor”, disse o ministro, que prometeu se ausentar do plenário durante a fala de Barbosa caso não seja autorizado a falar novamente.
A discussão só foi encerrada após intervenção abrupta do presidente enquanto Lewandowski ainda reclamava, pedindo que a proposta da tréplica fosse levada a plenário. No final da sessão, o revisor foi acalmado em conversa reservada com os ministros Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Antonio Dias Toffoli.
A decisão sobre o direito de réplica e tréplica do relator e do revisor do processo, respectivamente, ficou para a sessão da próxima segunda-feira (27).