Padilha disse que os casos de atraso e desabastecimento que chegaram ao conhecimento do Ministério decorreram de fatores alheios à greve. "É inadmissível que qualquer pessoa física ou jurídica venha alegar qualquer tipo de retenção de cargas na Anvisa quando não cumpre os seus contratos, os seus compromissos de fornecimento de medicamentos."
Apesar dos argumentos apresentados pelo ministro, auditores e técnicos da Receita Federal afirmam que há mercadorias paradas nos portos em função da paralisação da categoria. Semanalmente, analistas e auditores tributários suspendem as atividades administrativas e fazem operações padrão nos portos e aeroportos. Somente cargas vivas, alimentos perecíveis e remédios estão sendo liberados nas aduanas, segundo o sindicato.
"Fazemos paralisações de terça a quinta-feira. Nos demais dias, mesmo que quiséssemos não temos estrutura logística para a liberação de todos os produtos. Muitas cargas estão nos armazéns", afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindfisco) no Rio, João Abreu.
Além dos servidores da Receita, funcionários dos hospitais federais e médicos também realizaram um protesto na manhã desta quinta, com uma passeata pela Avenida Brasil. Uma pista da avenida ficou bloqueada por cerca de 2h, causando lentidão no trânsito. Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal também realizaram paralisações, reduzindo o efetivo para emissão de passaportes e documentos, e no atendimento a acidentes e fiscalização das estradas federais.