Nove meses depois de pedir para a senadora Marta Suplicy desistir da disputa paulistana, a presidente Dilma Rousseff fez novo apelo à petista: quer a participação dela na campanha de Fernando Haddad à Prefeitura. Dilma se encontrou com Marta ontem e na quarta-feira, no Palácio do Planalto. Nos próximos dias, a senadora vai acertar, em conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como será sua entrada em cena.
A 45 dias da eleição, o comando da campanha de Haddad está preocupado com a situação do candidato, que não deslanchou. Tanto no Ibope quanto no Datafolha, o petista segue abaixo dos 10%, enquanto Russomanno e o tucano José Serra estão em empate técnico, acima dos 25%.
Dilma decidiu aguardar até meados de setembro para decidir se grava mensagem de apoio a Haddad. Se a disputa estiver polarizada entre ele e Serra, a presidente aparecerá no programa pedindo votos para o petista. Caso contrário, não.
Nas duas conversas com Marta, Dilma disse não poder se indispor, neste momento, com os outros dois partidos da base aliada que têm candidatos à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Além do PRB, o PMDB, do vice Michel Temer, lançou candidato - Gabriel Chalita.
Foi com esse argumento que Dilma reforçou o apelo a Marta para ajudar Haddad. A senadora preferiu não comentar os encontros reservados no Planalto nem o que dirá a Lula.