O PSB é o partido que mais receitas obteve por candidato a prefeito até a primeira prestação de contas feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em média, os candidatos majoritários do partido arrecadaram R$ 34,1 mil, valor 55% maior do que a média de arrecadação de todos os concorrentes, que foi de R$ 21 9 mil.
O PMDB, por sua vez, foi o partido que mais arrecadou em termos absolutos. Seus candidatos a prefeito e a vereador somaram R$ 59 6 milhões até agora. O valor se refere apenas às contas das candidaturas. Por esse critério, todos os candidatos de todos os partidos arrecadaram R$ 395 milhões. Esse valor corresponde a 79% de todas as receitas declaradas até agora à Justiça Eleitoral. O restante são doações a comitês e aos partidos.
Apesar disso, no ranking de arrecadação por candidato a prefeito o PMDB fica em segundo lugar, com uma média de R$ 25,8 mil. O partido lançou 2.313 candidatos nas eleições majoritárias, contra 1.054 do PSB. Os peemedebistas estão logo à frente do PT, que aparece na terceira colocação. Seus candidatos declararam ter recebido em média R$ 23,4 mil. Em termos absolutos de receitas, o PT é o segundo colocado, tendo conseguido R$ 45,7 milhões.
O PSDB aparece depois do PT nas duas listas. Foi o terceiro partido que mais recursos obteve, somados os candidatos a prefeito e a vereador. Os tucanos conseguiram 34,5 milhões em todo o País. Já no ranking per capita de prefeitos, surge em quarto lugar, com uma média de arrecadação de R$ 20,2 mil.
Por enquanto, apenas metade dos mais de 15 mil candidatos a prefeito em todo o Brasil declararam alguma receita ao TSE. Entre os vereadores, a proporção é ainda menor: 24% deles conseguiram algum recurso.
Dois em cada três reais arrecadados por candidato a prefeito estão concentrados nos cofres dos seis partidos que lançaram mais de mil candidatos a prefeituras em todo o País: PMDB, PT, PSDB, PSB, PSD e PP. Já no caso dos vereadores, o recém-lançado PSD foi o que, na média, mais conseguiu arrecadar: R$ 2,1 mil, seguido pelo PMDB, com R$ 2 mil.
Construtoras
Em São Paulo, os candidatos Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) foram os únicos que receberam grandes somas de dinheiro de pessoas jurídicas. Haddad conseguiu uma doação de R$ 750 mil da construtura OAS e outra da empreiteira Carioca Christian-Nielsen Engenharia. Já Serra obteve R$ 500 mil da JHSF Incorporações, empresa do setor imobiliário.
Até a primeira parcial de prestação de contas, Celso Russomanno (PRB) e Gabriel Chalita (PMDB) só haviam recebido dinheiro de seus próprios partidos. Russomanno contava com R$ 500 mil do fundo partidário e Chalita com R$ 400 mil, que lhe foram repassados pela direção nacional do PMDB.